terça-feira, 7 de julho de 2009

Anónimo: Egocêntrico, cobarde, estúpido ou génio?



Durante estes dias tenho-me questionado sobre o que leva uma pessoa a escrever sob anonimato.

Não só pelos comentários que recebemos no nosso estimado blogue, claro, mas também de uma forma geral. Afinal porque razão alguém escreve, ou comunica, sem dar a cara? Adorava perceber o dia-a-dia desse alguém, dessa pessoa que emite uma opinião, mas sem admitir quem é. Atenção que não é algo que me faça perder o sono, mas acabei por chegar a algumas conclusões. São sempre opiniões mordazes, cobardes, estúpidas e engenhosas. Ora vejamos:

Um anónimo não pode dizer que esta é a sua opinião, pois teme que “alguém” lhe faço algo. Esta situação até é compreensível. O anónimo é um cobarde com medo de dizer o que pensa. É cobarde para exprimir a sua verdadeira opinião. “Eu acho que é preto e não branco. Odeiem-me ou amem-me por isso.” Se isto se faz num blogue, faz-se na vida real mas num estilo diferente, ou seja, o blogger anónimo é aquele que diz mal das pessoas nas costas. Tão feio. Certamente é aquele “alguém” que não tem atitude e coragem para terminar um relacionamento amoroso. Dá-me pena…
O anónimo é tão egocêntrico, que acha que por assinar “João” as pessoas vão pensar que foi de facto um “João”. Especialmente num país onde os nomes são tão diferentes. Este é o anónimo que sente que a sua palavra é bíblica. Estou convicto que o anónimo no seu dia-a-dia julga que tudo o que diz faz o maior sentido, e mais, que alguém deveria gravar numa pedra todas as suas palavras.
O anónimo é estúpido. Estúpido, porque se o seu comentário até for inteligente, nuca ninguém vai saber quem o fez, partindo do principio que fazer comentários é expressar opiniões. Estúpido, por achar que fazer um comentário pessimista, negativista ou incorrecto, irá resolver os seus problemas de auto-estima. Porque é que em vez de comentários anónimos, o anónimo não assina com o seu nome, e nós, entre todos, ajudamo-lo a ter uma vida menos frustrante? Só tinha a ganhar com isso.
O anónimo sem imaginação. É o que tendo alguma das razões anteriores, não tem qualquer réstia de criatividade e imaginação em si, para pelo menos inventar um pseudónimo. Porque não é a mesma coisa, reparem:
“És uma merda!” Anónimo. Vs “És uma merda!” Sr. Cocó”. Assim ao menos, o Sr. Cocó já merece o nosso respeito. Ou só o meu que seja.

E é isto. Que venham mais anónimos, eles também mantém este blogue vivo.

Chacho.


PS. A foto é do monumento ao Anónimo.

25 comentários:

  1. Ou talvez o anónimo goste simplesmente de emitir a sua opinião rápidamente sem criar qualquer tipo de laços com o sitio onde está a escrever. Só com os temas.

    ResponderEliminar
  2. Mais por que ele não assina? E tão preguiçoso?

    ResponderEliminar
  3. Se é para opinar sem laços com o sítio onde está a escrever, apenas os temas, porquê sequer opinar?

    Não havendo, ou não querendo, esses tais ditos laços, porquê dar importância a algo que, pelos vistos, não fará diferença ao teu dia-a-dia?

    Tens-te assim em tão baixa conta? Consideras a tua opinião vazia de sentido, para a apenas considerares como "mais uma opinião" no meio de tantas outras, e tão mais significativas?

    “Uma conversa é um diálogo, não um monólogo. É por isso que há tão poucas boas conversas. Devido à escassez, dois oradores inteligentes raramente se encontram.” Truman Capote

    ResponderEliminar
  4. Não percebo a obsessão de querer saber o nome dos anónimos?

    Conheces a expressão "conversa da Chacha"?

    ResponderEliminar
  5. Já que vc falou em criatividade, imaginação; imaginemos que o blog é uma cidade. Vcs da agência são os moradores e nós, anônimos, os estrangeiros.
    (Nós somos os estrangeiros, pois somos a interrogação, aqueles que vcs não sabem quem são e com que intuito estão fazendo o que fazem, somos "o outro".)

    "As cidades são lugares onde é possível conviver com o outro, o “estrangeiro”, em estreito contato. Essa característica do espaço urbano é um de seus maiores atrativos, porque significa uma existência diversificada e favorece o compartilhamento de experiências díspares. A cidade do nosso tempo, contudo, tornou-se o espaço do medo e da insegurança.Desenvolvem-se, assim, no mesmo espaço físico, dois sentimentos contraditórios: o horror ao outro e a atração que ele representa. Isso produz um mal-estar.

    Com uma rara capacidade de tornar inteligíveis os aspectos mais cotidianos da nossa existência, Bauman lança um desafio: em lugar de segregar, classificar, diferenciar os outros, trata-se de valorizar o espaço público como local em que se aprendem e praticam os costumes e as maneiras da vida urbana satisfatória, porque esse espaço constitui o ponto crucial no qual nosso futuro é decidido neste exato momento."
    (Bauman, Confiança e medo na cidade)


    Isso é ambivalência pós-moderna: vcs não gostam, atacam, chamam-nos de estúpidos, mas no fundo vcs se interessam pelo que falamos, pois vcs sabem que ali há uma opinião que pode ser válida ou não, mas com certeza verdadeira, e não puxa-saquismos, como muitos fazem. Disse opinião verdadeira e não verdade absoluta.

    Quanto ao restante do texto ele é demasiado simplório e opinativo para ficarmos comentando. Opinião cada uma tem a sua. Pena que não aceitam a nossa, apesar de muito considerá-la. E é simplório, pois não tem fundamento algum uma pessoa dizer que o anônimo não tem coragem para terminar um relacionamento amoroso. As pessoas costumam ser mais complexas que isso. Que bom seria se tudo fosse tão óbvio, seria mais fácil vender qualquer coisa.
    ____________________

    Hugo,

    Se isso aqui não é um diálogo é o quê? Talvez o único diálogo que exista aqui nesse blog é com anônimos, pois eu nunca vi vcs respondendo comentários "conhecidos". Se não gostam de comentários anônimos nem deveriam reforçar esse tipo de comportamento. Quando vcs respondem, atacam, vcs estão reforçando.
    ________________________

    "Bauman lança um desafio: em lugar de segregar, classificar, diferenciar os outros,trata-se de valorizar o espaço público como local em que se aprendem e praticam os costumes." O desafio está lançado. Vamos de mãos dadas?

    p.s.: não precisa escrever nada disso em pedras, já está escrito em livros, só adaptei.

    p.s.2: Adoro essas filosofias, vou guardar o restante para o próximo ataque. Adoooooro! ; )

    ResponderEliminar
  6. qual é a diferença entre por o meu nome ou anonimo ?
    Vocês não me conhecem e nunca me viram, será que se eu passar a assinar vou deixar de ser um anonimo ?

    ResponderEliminar
  7. O mais engraçado no meio disto tudo é que, invariavelmente, os comentários anónimos são quase exclusivamente de, como disseste "ataque". Atacam a nossa realidade, a nossa maneira de ser, quem somos, o que somos, o que fazemos, como fazemos, entre muitas outras coisas...As quais fazem o nosso dia-a-dia. Umas vezes pior, outras melhor.

    Como vivemos numa sociedade onde paga o justo pelo pecador e pecador mete a moeda ao bolso. Entra tudo no mesmo saco.

    Nós não atacamos por prazer, como pelos vistos é o teu caso "Adoooooro! ;)". Simplesmente nos custa ver alguem atacar uma realidade que desconhece. E se porventura conhece, dar facadas pelas costas e apertos de mão sorridentes pela frente é bastant...vá...merdoso. O que espero que não seja o caso.

    ResponderEliminar
  8. Adoro falar de filosofia. É pena que o comentário é de um anónimo, e não posso falar directamente com a pessoa para convidá-la a tomar uma cerveja, ou comer um churrasco, e dizer as coisas na cara - que é como faço, normalmente. Por esta razão, divaguei sobre o anonimato. Sobre o diálogo, sinto que pode ser um novo tema a ser discutido. "Há diálogo nos blogues?". Falamos depois.


    Mais nao é obsessão nem muito menos. E so lastima.

    PS. Desculpem meu portugues, minha falta de tempo.

    Chacho.

    ResponderEliminar
  9. Hugo, eu te ataquei??? Até propus um desafio para vivermos civilizadamente. Eu disse que adoro filosofar. Não atacar. Leia de novo. E é exatamente como vc disse, existem anônimos e anônimos e como não dá para saber quem é quem coloca-se tudo no mesmo saco. Há os que criticam, os que elogiam e os que atacam gratuitamente. Tudo bem, eu pago pelos últimos.

    Chacho, impossível. Já deve ter percebido pelo meu português que estou muito longe de vc para tomar cerveja. Que coisas quer dizer na cara? Gostei do novo tema. Ficarei esperando.

    Lástima. Também não é para tanto. É só uma opção como há tantas outras no "seleccionar perfil". É só a opção mais atual, mais pós e a mais intrigante. É como jogar uma bola bem alto e ficar olhando em qual azarado vai cair. O problema é que vcs sempre ficam lá embaixo esperando.

    Até!

    ResponderEliminar
  10. Chacho.
    O anónimo quer um estágio Boludo! Tá na cara! Ainda dizes que eles não têm imaginação...

    ResponderEliminar
  11. [ eu assino [paula alves] e na verdade considero-me anónima...

    na verdade os anónimos despertam curiosidade... como na altura que apareceu o blog "o meu pipi"... andava tudo maluco para saber quem era o/a escritor/a... e no lançamento do livro no maxime andava tudo maluco para saber qual dos presentes era o "pipi" ou "pipis"... ou como a pessoa que escreve nas paredes do meu bairro "o ar condicionado mata as pessoas"... ou o banksy...

    mas por vezes questiono-me: não será mais desconcertante assinar? ]

    ResponderEliminar
  12. Anónimo com quem estamos a conversar:

    Desculpa se te ofendi. O que tornou a questão inicialmente irritante, e simplesmente olhada com desprimor nos últimos tempos, é mesmo o facto de todos os comentários negativos serem de anónimos. Como que "toca e foge" entendes?

    Desculpa pôr as coisas nestes termos mas, aquilo que uma pessoa pensa é simplemente isto: "Olha, lá está este f%&$$ da p#$$% outra vez", porque o anónimo não destingue pessoas. Torna-as iguais. E a verdadeira essência da vida, não é sermos todos diferentes? Não é isso que torna a vida interessante? Interagirmos com pessoas diferentes de nós, e encontrar nessa diferença uma igualdade?

    ResponderEliminar
  13. Imagina, não me ofendeu.

    Mas nunca se sabe de onde vem o empurrão, há uma crise mundial, porque, segundo consta, havia inadimplentes no sistema financeiro habitacional dos EUA, mas quem eram essas pessoas? Por que fizeram isso? Será que foi isso mesmo?; uma pessoa adquire um câncer no pulmão, mas por quê? Como isso aconteceu? Há hipóteses, não respostas...então por que vcs querem saber de onde vem o empurrão? Não temos respostas para nenhuma das coisas que nos rodeiam. Elas simplesmente acontecem. É besteira ficar procurando culpados ou culpabilizando quem quer que seja.

    "Olha, lá está este f#%&*&* da p&%#$ outra vez". É bem esse o sentimento. Quem é essa pessoa? Por que ela faz isso? Cruel! É a vida.
    É como diria a ex-ministra brasileira do turismo: "relaxa e goza". Já que não há o que fazer, aproveitem os elogios, analisem as críticas e ignorem as ofensas.

    Mas quem disse que queremos nos distinguir? Nós somos o popular. Aquele carinha que quando está acontecendo uma entrevista no meio da rua, ele fica lá atrás dando tchau. Isso é intrigante.

    Não sei se a verdadeira essência da vida é ser diferente, acho que seria reconhecer que somos todos iguais. Nós que somos teimosos e queremos nos diferenciar. Eu mesmo quero ser igual, nem mais e nem menos. O equilíbrio. Alguns dizem medíocres, de forma pejorativa. Olhando por outro lado só os que estão no ponto de equilíbrio podem ser livres. Vide a vida triste de Michael Jackson e de um refugiado africano. Nenhum dos dois, de fato, consegue ser livre para fazer qualquer coisa que seja.

    ______________________
    Paula,

    Não sei se dessa forma seria mais intrigante.
    Imagina o Sr. Pipi chega na agência e diz: "Oi, eu sou o sr pipi". Todos vão saber quem é ele e o que ele disse.

    Se eu chego e digo:" Oi, sou um anônimo". A primeira reação que todos terão é de ódio e falariam várias coisas na minha cara. Mas alguns, mais espertinhos, pensariam: "Mas qual anônimo? Que comentários essa pessoa fez? Quais ofensas?". Mesmo eu me identificando, a dúvida ainda assim permanece. Viu, como é muito mais intrigante?

    ____________________
    Francisco,

    Como dar um estágio a alguém que não se sabe onde está, que não se sabe como identificá-lo e muito menos quantos são? Fica o job para vc resolver, já que nós, anônimos, não possuímos capacidade para tanto.

    ResponderEliminar
  14. Eu acho é que ele não sabe fazer logins no blogger e tem vergonha de admitir :P

    ResponderEliminar
  15. não há ele...
    há eles...

    ResponderEliminar
  16. Anónimo, gosto de chamar as pessoas pelos nomes. E como o nome mais próximo de Anónimo é Ana, ficas a Ana.

    Ana. Eu também estagiei na Leo. Eu também era anónimo. Agora sou conhecido aqui, pelos meus amigos e colegas. Agora já tenho o meu nome inscrito em prémios que conquistamos world wide. Agora até já apareço em filmes num palco perto de si. Agora já tenho uma identidade no mundo da Publicidade. Acredita que podes dar o salto. Ainda estás a tempo de saír do anonimato e entrar no maravilhoso mundo dos que dão a cara. Pergunto-me como é que tu vives o teu dia-a-dia (Desculpa Chacho se também me qustiono com tamanha incógnita) Imagino-te como um fantasma que não se reflecte no espelho da casa de banho. Imagino-te a assombrar as pessoas soprando-lhes no pescoço. Fazes isso, Ana? You naughty girl. Porque não vens até aqui ter com esta família? Nós gostamos de ti, nem que seja pelo facto de nos entreteres com tanta estupidez.

    Adeus Ana.
    Um beijinho.

    ResponderEliminar
  17. Se vives resignado e com medo do mal que nos rodeia é uma opção de vida.
    É essa inércia que vai deixando as coisas estarem como estão.


    Eu pessoalmente gosto de respostas às dúvidas que se me vão apresentando.

    ResponderEliminar
  18. Parabéns pelas suas conquistas, Francisco.
    Hahahha. Continue imaginando, faz bem ao cérebro. Mas coloque outras alternativas na sua imaginação...imagine, por exemplo, que eu posso ser uma pessoa mais normal do que se pensa...

    Estávamos indo até civilizadamente... :(
    ____________

    A questão não é gostar de respostas ou não, Hugo. A questão é que nem sempre elas existirão, na maioria das vezes.

    Muito pelo contrário, é por que eu procuro entender como as coisas acontecem que eu não tenho medo. Eu não me preocupe de onde vem o empurrão, mas como eu vou agir na situação em que ele me colocou. Em vez de reclamar e me colocar como vítima, eu pergunto o porquê e como eu devo agir para não ser tão influenciada por ele.

    _______________

    Ok! Já chegamos ao limite. Não passaremos disso. Vcs não querem entender, só querem rebater. Bom, vcs sabem o valor de vcs, os prêmios, as conquistas e também as derrotas. Foquem nisso, esqueçam os outros. Sejam felizes.

    ResponderEliminar
  19. Eu não me coloco como vítima. Tiraste essa conclusão por ti mesmo, sem ter conhecimento prévio de seja o que for.

    E mesmo depois deste discurso todo que correu para aqui, com muitas ideias lançadas e alteradas..algo se manteve igual. O facto de continuares a fazer parte de um grupo que se mantém anónimo, ou anônimo.

    É pena..

    ResponderEliminar
  20. Hhahhaahaha. Em que momento eu disse que vc se coloca como vítima? Vc que disse que eu sou resignada. Ora, ora está invertendo tudo.

    Vc achou que o discurso mudaria minha atitude? Se eu estou o tempo todo defendendo minha posição anônima é claro que eu não mudaria.

    É pena? Talvez.

    ResponderEliminar
  21. Liberdade para os anónimos!

    ps: pelos vistos chamar o anónimo brasileiro de Ana não foi assim uma ofensa tão grande reputadíssimo senhor Frederico, tendo em conta que é uma mulher hehehe. Essa foi muito boa.

    ResponderEliminar
  22. se não querem comentários anónimos porque é que fazem blogs? não dá para perceber tanta estupidez junta!

    ResponderEliminar
  23. Epah, e que tal em vez de darem conversa a anónimos apagarem os comentários LOL

    Eu pelo menos nos meus blogs quando a conversa não interessa e a pessoa nem assina vai logo pó lixo =X

    ResponderEliminar
  24. adivinha por quê?

    falsa democracia...

    ResponderEliminar